Cedendo a pressões económicas, a ABC News anunciou que irá reorientar profundamente a forma como recolhe e produz notícias e reduzir a equipa para 75% do tamanho actual, o que implicará a saída de 300 a 400 profissionais.

Todos os funcionários não sindicalizados terão a oportunidade de sair voluntariamente com indemnizações, mas se não houver abandonos suficientes o grupo terá de recorrer a despedimentos, sendo previsível que as áreas mais afectadas sejam a secção de eventos especiais, as revistas “20/20” e “Primetime”, as redacções do “World News” e do “Good Morning America” e a delegação de Londres.

O presidente da emissora, David Westin, acredita que a qualidade não será comprometida, pois a tecnologia actual permite que uma ou duas pessoas consigam cobrir uma história que antes exigia um correspondente, um produtor e dois técnicos, e dá como exemplo o trabalho que tem sido desenvolvido a solo pelos oito correspondentes estrangeiros.

Recorde-se que, em Janeiro, a CBS News acabou com 90 postos de trabalho, ao encerrar a delegação de Moscovo e ao diminuir significativamente o número de trabalhadores destacados em Washington, Londres e Los Angeles.