A nova ordem mundial da Imprensa segundo a RSF

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou o seu relatório anual sobre os atentados à liberdade de Imprensa em 2002, abrangendo 156 países, subintitulado “A nova ordem mundial… da repressão”. A RSF classifica 2002 como “um ano negro”, considerando que todos os indicadores “estão no vermelho”. Relativamente a Portugal são apontados a situação da RTP e o caso do jornalista Manso Preto, detido por defender a confidencialidade das fontes.

A RSF indica que, no ano passado, 25 jornalistas foram mortos pelas suas opiniões ou no exercício da sua profissão; 121 jornalistas estavam presos em 31 de Dezembro de 2002; cerca de 400 órgãos de comunicação social foram censurados; 700 jornalistas e profissionais dos média foram privados da liberdade por períodos mais ou menos longos.

As agressões e as ameaças duplicaram em relação ao ano anterior, afirma a RSF, apontando 1.420 repórteres agredidos, ameaçados de morte, raptados, agredidos pela polícia ou perseguidos.

Mas se 2002 foi “um ano negro” para a liberdade de Imprensa, 2003 confirma a vaga de repressão em todo o mundo: 17 jornalistas foram mortos desde o início do ano e em 30 de Abril estavam presos 128 jornalistas. Os países onde estão mais jornalistas presos são Cuba (30), Eritreia (18), Birmânia (15), China (11) e Irão (10). Desde 1 de Janeiro, 136 profissionais da imprensa foram interrogados, 246 foram ameaçados ou agredidos e 120 órgãos de comunicação social foram censurados.

A RSF divulgou, também, uma nova lista dos predadores da liberdade de Imprensa, constituída por 43 chefes de Estado ou de governo e organizações.

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