Jornalistas discriminados no Casino da Figueira da Foz

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) pediu hoje ao Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) para averiguar o atentado à liberdade de informação ocorrido ontem no Casino da Figueira da Foz, onde vários órgãos de informação foram impedidos de aceder à sessão do ciclo “Conversas do Casino” com o presidente do Futebol Clube do Porto.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, 13, o SJ repudia a “discriminação, a todos os títulos ilegítima” que se registou, e pede o a punição dos responsáveis.

É o seguinte o texto, na íntegra, do comunicado do SJ:

SJ repudia discriminação de jornalistas no Casino da Figueira da Foz

1. O Sindicato dos Jornalistas pediu hoje ao Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) que averigúe o acto de discriminação sobre vários órgãos de informação registado, ontem, no Casino da Figueira da Foz, onde se realizou uma sessão do ciclo “Conversas do Casino”, com o presidente do Futebol Clube do Porto.

2. De acordo com uma notícia da Agência Lusa datada de hoje e veiculada pelos sítios electrónicos de várias publicações, jornalistas ao serviço da própria Lusa, da Antena 1, da Rádio Renascença e de outros órgãos de informação foram impedidos de aceder ao evento, apesar do seu carácter público, tendo sido permitida apenas a cobertura pela RTP, Porto Canal, “Jornal de Notícias” e “O Jogo”.

3. Independentemente das responsabilidades – do Casino ou do FCP – que vierem a ser apuradas, o SJ repudia a discriminação, a todos os títulos ilegítima, pois constitui um atentado à liberdade de informação que deve ser devidamente punido.

4. Por outro lado, o SJ reitera o apelo que desde sempre faz em relação a situações desta gravidade – o apelo à solidariedade entre camaradas de profissão e órgãos de informação, no combate activo à discriminação no acesso à informação.

5. Em situações como esta, os jornalistas a quem seja reconhecido o “privilégio” do acesso aos eventos devem agir em imediata solidariedade para com os discriminados e bater-se pelo acesso de todos em pé de igualdade, devendo recusar-se cobrir acontecimentos onde tal garantia não se verifique.

Lisboa, 13 de Julho de 2011

A Direcção

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