Jornalista assassinado no Paquistão

Abdul Aziz, jornalista do diário “Azadi” sequestrado a 27 de Agosto por um grupo talibã, foi assassinado a 29 de Agosto durante um ataque de forças governamentais ao esconderijo dos rebeldes em Swat, nas áreas tribais do Paquistão.

O caso mereceu a condenação do Sindicato Federal de Jornalistas do Paquistão (PFUJ) e da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), tendo o secretário-geral desta última, Aidan White, lembrado que “as forças governamentais devem estar cientes dos problemas de segurança que afectam os jornalistas nas áreas tribais” e evitar que os repórteres sejam “apanhados no fogo cruzado”.

O PFUJ e a FIJ sublinham ainda que os média são por norma imparciais, respondendo assim a declarações do ministro da Informação, Sherry Rehman, que aconselhava a imprensa a não noticiar comunicados de grupos rebeldes por isso os “glorificar”.

“Glorificar é uma coisa e noticiar um acontecimento é outra. Os média de todo o mundo divulgam declarações de líderes de topo da Al Qaeda”, lembrou o PFUJ, enquanto a FIJ sublinhou que “a população tem o direito de saber o que se passa e qualquer forma de censura só irá piorar a situação”.

Nas áreas tribais do Paquistão, os confrontos entre tropas do governo e grupos de militantes são cada vez mais frequentes, o que já levou dúzias de jornalistas a migrar para assim evitarem ser vítimas de qualquer dos lados em conflito.

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