China quer impor “cultura de ignorância e preconceito”, acusa FIJ

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) considera que o anúncio de que a agência noticiosa chinesa Xinhua vai passar a supervisionar e censurar a informação das agências estrangeiras é uma tentativa de impor uma “cultura de ignorância e preconceito” na paisagem mediática do país.

“Esta acção faz parte de um ataque coordenado à liberdade de expressão e é potencialmente nefasta para o desenvolvimento económico da China”, afirma Aidan White, secretário-geral da FIJ, acusando a iniciativa de fazer parte de uma estratégia de censura que inclui o controlo da Internet no país, onde o Google, o Yahoo! e a Microsoft filtram o conteúdo e bloqueiam palavras-chave relativas a temas como “democracia” e “Praça de Tiananmen”.

Segundo a FIJ, espera-se que a vontade da Xinhua em implementar estas novas regras enfrente uma considerável oposição local, bem como críticas das agências noticiosas internacionais, que correm o risco de perder clientes caso as medidas sejam aplicadas.

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