Seis jornalistas foram distinguidos na cerimónia de entrega do Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal, quinta-feira à noite, em Lisboa. A televisão esteve em destaque, com a RTP a sair vencedora nas duas principais categorias “Cobertura Diária/Jornalismo de Atualidade” e “Grande Reportagem/Jornalismo de Investigação”.
A 7.ª edição do Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal recebeu 61 candidaturas, submetidas por 41 jornalistas de 23 órgãos de comunicação. O júri, por unanimidade, premiou trabalhos de várias áreas do jornalismo, da televisão, a mais destacada, com quatro prémios, à rádio, imprensa e até um podcast.
Na categoria “Cobertura Diária/Jornalismo de Atualidade”, Daniela Santiago, da RTP, conquistou o primeiro prémio, no valor de 2500 euros, com a reportagem televisiva “O valor do carbono”. Transmitida no telejornal da RTP1, a peça analisa o contributo da floresta no armazenamento de dióxido de carbono.
O segundo prémio foi atribuído à jornalista Sofia Fernandes (1500 euros) pela reportagem da TVI “Os resineiros estão de volta a Portugal”, que acompanha o trabalho e a motivação de um grupo de resineiros, maioritariamente jovem, num baldio do concelho de Vieira do Minho.
Nesta categoria, João Francisco Gomes, do “Observador”, recebeu o terceiro prémio (mil euros) pelo artigo “Plantas raríssimas que não são só mato, a floresta preciosa e uma descoberta por publicar. Como o fogo fustigou a biodiversidade na Madeira”. A notícia aborda o impacto dos incêndios de 2024 na biodiversidade da Floresta Laurissilva, particularmente, na ilha da Madeira.
A jornalista da Antena 1, Arlinda Brandão, com a peça “Florestas Miyawaki para tornarem Portugal mais verde” e Paula Sofia Luz, com o artigo “O país esqueceu o seu “monge-agrónomo”, mas o Oeste insiste em relembrar Vieira Natividade”, publicado no jornal “Público”, foram distinguidas com duas menções honrosas.
Na categoria “Grande Reportagem/Jornalismo de Investigação”, o primeiro prémio (2500 euros) foi também para a RTP, pela reportagem de Emanuel Boavista “Fundos não chegam à floresta”. Transmitida no programa Prova dos Factos, denuncia como as verbas europeias para a gestão da floresta não chegam aos territórios mais vulneráveis aos incêndios e nem são aplicadas na prevenção.
Teresa Silveira foi distinguida com o segundo prémio (1500 euros) pelo artigo “Uma revolução silenciosa na floresta”, publicado no suplemento P2 do jornal “Público”, que apresenta exemplos da implementação da gestão agrupada da floresta e da adesão às Áreas Integradas de Gestão da Paisagem.
O terceiro prémio (mil euros) foi para Celso Paiva Sol, autor do programa de rádio e podcast do Observador, “Não é se, é quando – ‘É impossível acabar com o flagelo dos incêndios?’”. Este episódio aprofunda as questões relacionadas com os incêndios rurais, políticas públicas e propostas de especialistas para reduzir a vulnerabilidade do país.
Também nesta categoria, o júri atribuiu duas menções honrosas: à jornalista Daniela Santiago pela reportagem “O abandono do pinhal do Rei” (RTP, Prova dos Factos) e a Frederico Correia pela reportagem “Alerta Vermelho: 10 anos depois da tragédia no Caramulo, o que mudou?”, transmitida no telejornal da SIC.
A cerimónia de entrega da 7.ª edição do Prémio Centro PINUS de Jornalismo Florestal decorreu na passada quinta-feira, dia 27 de novembro, no restaurante do Clube de Jornalistas, em Lisboa.
O prémio, com um valor total de 10 mil euros para prémios, é bianual, e vai na sétima edição, tendo como parceiro o Sindicato dos Jornalistas há 14 anos. Segundo a organização, estará de volta, para distinguir trabalhos sobre a floresta.
