Sindicato dos Jornalistas alerta para ameaças ao trabalho digno

Desemprego, precariedade e ameaças à liberdade individual e colectiva dos trabalhadores marcam comemoração do 1.º de Maio.

O 1.º de Maio deste ano celebra-se numa altura em que proliferam as ameaças ao trabalho digno. O jornalismo conhece a mais alta taxa de desemprego de sempre, a precariedade afeta muitos, sobretudo jovens mas cada vez mais transversal e sem barreiras etárias, as multi-tarefas deixaram de ser uma mais-valia e passaram a ser uma obrigação, a liberdade de reunião e associação é posta em causa por quem detém órgãos de comunicação social, direitos elementares precisam de ser reconquistados com greves, a liberdade individual é questionada pela hierarquia da empresa e a informação condicionada por interesses externos.

Neste contexto, é preciso reflectir sobre o papel dos jornalistas enquanto classe e enquanto profissionais com especial responsabilidade na defesa da democracia e da liberdade.

A actual Direcção do SJ, em funções há três meses, tem tentado fazer o seu papel. Atraindo novos associados – 30 novos sócios desde Janeiro – e aumentando os benefícios àqueles disponibilizados, percorrendo o país para encontros com jornalistas que trabalham fora dos grandes centros, secundando os trabalhadores nas relações com as empresas em que trabalham, nomeadamente apoiando o direito à greve, exercido recentemente nas empresas do Global Media Group (Jornal de Notícias e O Jogo), pelo devido e legal pagamento dos feriados.

Ao mesmo tempo, temos questionado leis importantes para a classe e para o jornalismo democrático, negociado contratos colectivos e acordos de empresa com os representantes dos meios e o patronato e debatido com a sociedade temas fundamentais. “Precariedades” será o tópico do próximo Conversas Sem Gravata (programa transmitido pela TSF), dia 20 de Maio, no Porto.

No Dia do Trabalhador, queremos insistir nesta mensagem: quantos mais formos, mais força teremos. Muito mudou desde Chicago e desde o 25 de Abril, mas por muitas mudanças que haja, na sociedade e no jornalismo, o Sindicato continua a ser a melhor forma para dar força aos jornalistas!

Viva o 1.º de Maio! Viva o trabalho digno!

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