94 jornalistas foram mortos em 2018

Número foi divulgado pelo relatório da Federação Internacional de Jornalistas e significa um aumento de 12 vítimas mortais em comparação com 2017.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) revelou que, durante o ano de 2018, foram mortos 94 jornalistas (seis eram mulheres), número que representa mais 12 vítimas do que no ano anterior, tendo havido ainda outras três vítimas mortais por questões relacionadas com o trabalho. Trata-se de uma subida que se segue a três anos consecutivos de descidas.

“Estes atos de violência com total desrespeito pela vida humana levaram a que acabasse o curto período de descida nos casos de assassínios de jornalistas”, comentou Philippe Leruth, presidente da FIJ. “Uma vez mais, a FIJ pede aos membros da ONU que adotem, na assembleia-geral, a Convenção sobre segurança e proteção dos jornalistas que apresentámos às missões diplomáticas na ONU durante o passado mês de outubro. Trata-se de um documento que é uma resposta concreta a crimes cometidos contra jornalistas com total impunidade”, acrescentou.

A FIJ lembra a crueldade que presidiu ao caso de Jamal Khashoggi, colaborador saudita do jornal The Washginton Post que foi assassinado e desmembrado no consulado da Arábia Saudita em Istambul a 2 de outubro. E sublinha como se registaram inúmeras mortes devido a atentados bombistas ou por causa do reino de crime organizado no México.

Este ano, o país onde se verificaram mais casos mortais foi o Afeganistão (16), seguindo-se México (11), Iémen (nove), Síria (oito), Índia (sete), Paquistão, Somália e Estados Unidos (todos com cinco).

“Os números nesta lista são uma triste chamada de atenção para o facto de a segurança dos jornalistas continuar a estar em perigo enquanto houver países com instituições que deveriam garanti-la, mas estão paralisadas por corrupção e incompetência perante os ataques aos profissionais da comunicação”, sintetizou Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ.

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