2017 é o ano menos mortífero dos últimos dez para jornalistas

México, com 13 vítimas, Afeganistão e Iraque (ambos com 11), ocupam os lugares cimeiros entre os países onde morreram mais jornalistas em 2017.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), embora lamentando que se tenham registado 81 mortos entre jornalistas (73 homens e oito mulheres) no ano de 2017 até ao passado dia 29, assinalou que não só o número baixou em comparação com 2016 (93 vítimas mortais) como se trata do mais baixo registado nos últimos dez anos. Ao mesmo tempo, a FIJ sublinha que “não há lugar para qualquer cedência na necessidade de reforço de medidas para a segurança dos jornalistas no desenvolvimento do seu trabalho”, nem no que concerne às “ameaças à liberdade de imprensa e ao jornalismo independente, o assédio, a impunidade face aos assassínios”.

“Na Síria, no México e na Índia, por exemplo, os assassínios continuam a atingir níveis assustadores”, considerou Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ. Com efeito, o México foi o país mais mortífero para jornalistas com 13 vítimas, à frente de Afeganistão e Iraque (ambos com 11). Seguem-se Síria (10), Índia (seis), Filipinas e Paquistão (quatro), Nigéria, Somália e Honduras (três).

De acordo com os registos da FIJ, a região da Ásia e Pacífico foi a mais mortífera (26 vítimas), seguindo-se o mundo árabe e o Médio Oriente (24), as Américas (17), África (oito) e Europa (cinco).

Trata-se do terceiro ano consecutivo de redução de vítimas mortais, mas o presidente da FIJ, Philippe Leruth, referiu: “Os níveis de violência contra o jornalismo permanecem num patamar inaceitavelmente elevado. Além disso, estas reduções no número de vítimas não ficam a dever-se a medidas adotadas pelos governos para contrariar a impunidade face a assassínios e os padrões nos países mais violentos como México e Índia não sofrem alterações.”

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