2005 já é ano negro para o jornalismo

Quarenta jornalistas foram mortos em todo o mundo nos primeiros seis meses de 2005, um quarto dos quais no Iraque, afirma o último relatório do Instituto Internacional de Imprensa (IPI).

Este ano “está a ser outro ano mortal para os jornalistas”, afirma o IPI, cujas previsões admitem que o número total de mortos durante o ano iguale ou ultrapasse o total de 78 assassinatos registados em 2004, o número mais elevado desde 1999.

Segundo o documento, o traço comum a estas mortes é a impunidade que rodeia as agressões contra os jornalistas. A maioria das vítimas foi assassinada por investigar e denunciar casos de corrupção, tráfico de drogas e outras actividades ilegais, sem que se veja grande empenho das autoridades em identificar e punir os responsáveis pelo crime, afirma a IPI.

O Iraque, com pelo menos 11 jornalistas e profissionais dos média mortos, continua a ser o país do mundo mais perigoso para a comunicação social. Na lista do terror segue-se as Filipinas (seis jornalistas mortos) e o Bangladesh, Brasil, Colômbia, Haiti, México, Paquistão e Somália, com dois jornalistas cada um.

Por regiões, a Ásia lidera a negra contagem deste ano, com 14 jornalistas assassinados. Segundo o IPI, as Filipinas são um trágico exemplo da impunidade: 62 jornalistas mortos desde 1986, sem que praticamente nenhum dos criminosos tenha sido levado perante a justiça.

O relatório completo da IPI pode ser consultado em: http://www.freemedia.at/Death_Watch/d_watch2005.htm

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